Jogos Pedagógicos  como  suporte para a 

                                           aprendizagem 






SUA IMPORTÂNCIA 

Os jogos auxiliam também na descentralização, que consiste em desenvolver a capacidade de ver algo a partir de um ponto de vista que difere do seu. É possível fazer um respaldo com Bernardi, Cordenonsi e Scolari (2012), contribuem relatando que a matemática possibilita aos alunos desenvolverem um pensamento crítico no que diz respeito a opiniões, argumentos e nas soluções de problemas cotidianos. Com Wallon (1972) que o processo de ensino-aprendizagem está pautado na afetividade. Em especial a calculadora sem número que agregou conhecimento as práticas pedagógicas voltadas à ludicidade, assim, desenvolvendo a socialização dos discentes, formando sujeitos autônomos, determinados e criativos. A partir da proposta, desenvolvida foi possível fazer uma reflexão sobre a construção de saberes através da ludicidade, isto é, sobre a importância de desenvolver os conhecimentos utilizando jogos, despertando o prazer e o interesse dos alunos, dessa forma, eles conseguiram compreender as operações matemáticas, e passaram a utilizar o mesmo durantes outras atividades.



Faz-se necessário compreender que esses jovens e adultos não são apenas meros indivíduos marcados pela ausência de conhecimentos formais na idade adequada. São trabalhadores, que possuem uma linguagem própria no qual mostra sua realidade cultural, social, suas visões de mundo, desejos, sonhos e necessidades. Possuem inúmeros conhecimentos empíricos que precisam ser levados em consideração utilizando para isso métodos que facilitem essa aprendizagem.

No entanto, observa-se que no âmbito escolar na maioria das vezes esse conhecimento é deixado de lado impossibilitando a permanência desses alunos na escola causando sentimentos controversos, pois sentem vergonha em frequentarem a escola em idade adulta para estarem em séries que correspondem à séries iniciais. Aliando o sentimento de vergonha pela não conclusão dos estudos na idade convencional, com a falta de metodologias lúdicas que estimulem de maneira prazerosa o aprendizado, torna-se quase natural que esse aluno desista pelo fato de ter que ir à escola, cansado do trabalho, para assistir aulas tradicionais sem que ele possa interagir, brincar e sentir-se valorizado e motivado a voltar todos os dias para a escola.

Nesse contexto, é fundamental utilizar-se do lúdico como suporte pedagógico para resgatar o que o aluno trouxe consigo de suas experiências, pois a ludicidade é uma forma de auxiliar os alunos a compreenderem os conteúdos por meio de jogos e brincadeiras haja vista que ela facilita a aprendizagem, a socialização, comunicação e construção do conhecimento.

Dessa forma, Paulo Freire (1996) afirma que quanto mais o adulto evidencia a ludicidade maior será a chance de conhecer-se como pessoa, saber de suas possibilidades e limitações, pois o adulto que aprende brincando não se torna criança novamente, mas revive e resgata com prazer a alegria de brincar, por isso a importância do lúdico como ferramenta pedagógica essencial para uma prática educativa na formação dos alunos.

  •  EDUCAÇAO DE JOVENS E ADULTOS: ASPECTOS LEGAIS

  • de comum acordo afirmar que a modalidade da EJA é formada por indivíduos heterogêneos onde cada um tem um contexto histórico-social diferente que contribuiu para o abandono ou a falta de acesso à escola. Os motivos estão relacionados com a especificidade de cada sujeito, entretanto as características dos alunos dessa modalidade de ensino se equiparam quando se faz uma análise coletiva. Ressalta-se que os motivos que os caracterizam como alunos da EJA são os mais diversos, como: falta de apoio familiar, horas exaustivas de trabalho braçal gravidez indesejada, o trabalho precoce para ajudar no sustento da família, reprovação em séries regulares por indisciplina entre outros aspectos sociais.

Dessa forma observa-se que o perfil do aluno da EJA está sempre relacionado à desigualdade social, ocasionando a evasão escolar, haja vista que esses indivíduos abandonam ou não adentra ao espaço educacional por vergonha de frequentar a escola na idade não convencional, estarem em defasagem idade/série, medo de não se alfabetizar, constrangimento por estarem em um ambiente educacional que não lhes representa, uma vez que a escola para a modalidade da EJA no ensino fundamental é a mesma da educação infantil.

Nesse contexto nota-se que mesmo tendo um currículo voltado para jovem e adulto o ambiente é o mesmo da educação infantil e isso faz com que esses indivíduos se sintam desestimulados a permanecer com sua vida acadêmica, ora, se a bagagem cultural que eles trazem consigo não é aproveitada e o conteúdo escolar está fora da sua realidade, logo essa aprendizagem não é significativa e então eles acabam evadindo-se desse ambiente escolar por não sentirem que precisam desses conhecimentos para a vida futura.

Nesse contexto, os projetos pedagógicos para turmas da EJA devem ser pensados de maneira que possam contemplar o multiculturalismo e que sejam capazes de valorizar e reconhecer a complementaridade entre os saberes acadêmicos e os informais (ligados ao contexto sociocultural do educando), a experiência de vida já adquirida pelos discentes e as diferenças entre as formas de conhecimento (SANTOS, 2005, p.33).

Sendo, portanto, primordial que o educador faça a relação dos saberes informais, em consonância com os conteúdos curriculares para que o conhecimento seja relevante.

Com a concepção de fazer com que a educação para esse público alvo consiga se efetivar na maneira mais plena no sentido da palavra, foram criadas leis e pareceres, que pudessem garantir a esses sujeitos os seus direitos, para tanto a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei 9.394/96) estabeleceu no capítulo II, seção V, a Educação de Jovens e Adultos, sobre o qual o artigo 37 assevera que a educação de jovens e adultos será destinada àqueles que não tiveram acesso ou oportunidade de estudos no ensino fundamental e médio na idade própria, entretanto deve-se preocupar não apenas com fato de não terem terminado o estudo na idade certa, mas sim em como esses indivíduos serão recebidos na escola e se o ambiente educacional em toda sua plenitude atenderá seus anseios.

No Parágrafo 1º do artigo 37 da LDB, verifica-se, que os sistemas de ensino assegurarão gratuitamente aos jovens e aos adultos que não puderam efetuar os estudos na idade regular, oportunidades educacionais apropriadas, consideradas as características do alunado, seus interesses, condições de vida e de trabalho, mediante cursos e exames, mas, deve-se preparar esses indivíduos para além do mercado de trabalho, não que o capital não seja importante, mas tão importante quanto ele é o verdadeiro conhecimento .

Nessa premissa vale lembrar o que diz o Parágrafo 2º da Legislação Educacional, que o poder público viabilizará e estimulará o acesso e a permanência do trabalhador na escola, mediante ações integradas e complementares entre si. No Artigo 38, assevera que os sistemas de ensino manterão cursos e exames supletivos, que compreenderão a base nacional comum do currículo, habilitando ao prosseguimento de estudos em caráter regular, portanto poderia também ser feita como uma forma compensatória do descaso para essa classe batalhadora, uma ementa que garantisse o direito ao acesso nas universidades e aí sim poderia se acreditar nas "boas intenções" das leis para com essa modalidade de ensino.

O Artigo 1º da RESOLUÇAO CNE/CEB Nº 1, DE 5 DE JULHO DE 2000 institui as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação de Jovens e Adultos a serem obrigatoriamente observadas na oferta e na estrutura dos componentes curriculares de ensino fundamental e médio dos cursos que se desenvolvem predominantemente, por meio do ensino, em instituições próprias e integrantes da organização da educação nacional nos diversos sistemas de ensino, à luz do caráter próprio desta modalidade de educação.

marcar, assinalar (CUNHA, 1982). Dessa forma, acredita-se que o processo ensino aprendizagem se dá de maneira significativa quando ocorre de forma concreta e real na qual, o professor ensina, mas também aprende, pois ele não é o detentor absoluto do conhecimento por isso a necessidade da relação professor – aluno para juntos construírem uma aprendizagem que não seja arbitrária, repetitiva e mecânica e na maioria das vezes temporária, pois se o conhecimento não tem relevância alguma com o cotidiano e a realidade do aluno logo este aluno esquece o que "aprendeu", pois o aluno deve estar motivado a relacionar o que aprendeu com o que já sabe.

Neste sentido, o mesmo autor afirma que "Quem ensina aprende ao ensinar e quem aprende ensina ao aprender" (Paulo Freire 1996), portanto, para que se tenha o processo ensino aprendizagem, professor e aluno precisam estar intrinsecamente comprometidos com o conhecimento do novo para dessa maneira construírem o conhecimento significativo, onde o aluno da EJA possa interagir questionar aprender com o professor mais também ensina-lo por meio de suas vivências, sobre essa percepção educacional FREIRE argumentou "proponho e defendo uma pedagogia crítico dialógica, uma pedagogia da pergunta" (FREIRE, 2000, p.83)



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